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Como baixar arquivos com cURL

Como baixar arquivos com cURL
Emmanuel Oyibo
Redator técnico
O sistema Linux
20.10.2025
Reading time: 9 min

Baixar conteúdo de servidores remotos é uma tarefa comum tanto para administradores quanto para desenvolvedores. Embora existam diversas ferramentas para essa tarefa, o cURL se destaca por sua flexibilidade e simplicidade. Trata-se de uma ferramenta de linha de comando que oferece suporte a protocolos como HTTP, HTTPS, FTP e SFTP, tornando-se essencial para automação, scripts e transferências de arquivos eficientes.

Você pode executar o cURL diretamente no seu computador para obter arquivos. Também é possível incluí-lo em scripts para otimizar o processamento de dados, reduzindo o esforço manual e os erros. Este guia demonstra várias maneiras de baixar arquivos com o cURL. Seguindo esses exemplos, você aprenderá a lidar com redirecionamentos, renomear arquivos e monitorar o progresso dos downloads. Ao final, você será capaz de usar o cURL com confiança para tarefas em servidores ou ambientes em nuvem.

Comando básico do cURL para baixar arquivos

O comando curl funciona com vários protocolos, mas é usado principalmente com HTTP e HTTPS para se conectar a servidores web. Quando necessário, também pode interagir com servidores FTP ou SFTP.

Por padrão, o cURL recupera um recurso de uma URL especificada e o exibe no terminal (saída padrão). Isso é útil para visualizar o conteúdo de um arquivo sem salvá-lo, especialmente se for um arquivo de texto pequeno.

Exemplo: para visualizar o conteúdo de um arquivo de texto hospedado em https://example.com/file.txt, execute:

curl https://example.com/file.txt

Para documentos curtos, essa abordagem funciona bem. No entanto, arquivos grandes ou binários podem encher a tela com dados ilegíveis, portanto, geralmente você vai querer salvá-los.

Salvar arquivos remotos

Na maioria das vezes, o objetivo principal é armazenar o arquivo baixado localmente em vez de exibi-lo no terminal. O cURL simplifica isso com a opção -O (O maiúsculo), que mantém o nome original do arquivo remoto.

curl -O https://example.com/file.txt

Isso baixa file.txt e o salva no diretório atual com o mesmo nome. Esse método é rápido e mantém o nome original, o que pode ser útil se o nome do arquivo tiver relevância.

Escolher um nome de arquivo diferente

Às vezes, é importante renomear o arquivo baixado para evitar conflitos ou criar um padrão de nomenclatura claro. Nesse caso, use a opção -o (o minúsculo):

curl -o meu_arquivo.txt https://example.com/file.txt

Aqui, o cURL baixa o arquivo remoto file.txt, mas o salva localmente como meu_arquivo.txt. Isso ajuda a manter os arquivos organizados e evita sobrescritas acidentais. É especialmente útil em scripts que exigem nomes de arquivo descritivos.

Seguir redirecionamentos

Ao solicitar um arquivo, os servidores podem instruir seu cliente a ir para outra URL. Entender e gerenciar redirecionamentos é essencial para concluir downloads com sucesso.

Por que redirecionamentos são importantes

Redirecionamentos são comuns em sites reorganizados, arquivos movidos ou links espelhados. Sem suporte a redirecionamentos, o cURL para após receber uma resposta “movido”, e você não obterá o arquivo.

Usar -L ou --location

Para instruir o cURL a seguir uma cadeia de redirecionamentos até o destino final, use -L (ou --location):

curl -L -O https://example.com/redirected-file.jpg

Isso permite que o cURL obtenha o arquivo correto, mesmo que a URL original aponte para outro local. Se você omitir -L, o cURL exibirá apenas a mensagem de redirecionamento e encerrará, o que pode causar problemas em sites com múltiplos redirecionamentos.

Baixar múltiplos arquivos

O cURL também pode lidar com múltiplos downloads simultaneamente, evitando a necessidade de executar o comando repetidamente.

Usar chaves e padrões

Se os nomes dos arquivos compartilham um padrão, você pode usar chaves {} para especificar cada nome de forma concisa:

curl -O https://example.com/files/{file1.jpg,file2.jpg,file3.jpg}

O cURL baixa cada arquivo em sequência, o que é útil para fluxos de trabalho automatizados.

Usar intervalos

Para uma série de arquivos numerados ou rotulados alfabeticamente, especifique um intervalo entre colchetes:

curl -O https://example.com/files/file[1-5].jpg

O cURL percorre automaticamente os arquivos file1.jpg até file5.jpg. Isso é ideal para sequências de arquivos com nomes consistentes.

Encadear múltiplos downloads

Se você tiver URLs diferentes para cada arquivo, pode encadeá-las:

curl -O https://example1.com/file1.jpg -O https://example2.com/file2.jpg

Essa abordagem baixa file1.jpg do primeiro site e file2.jpg do segundo, sem precisar executar vários comandos.

Limitação de velocidade e tempo limite

Em certas situações, pode ser necessário controlar a velocidade de download ou evitar que o cURL espere demais por um servidor sem resposta.

Controle de largura de banda

Para evitar sobrecarregar sua rede ou simular conexões lentas, limite a taxa de download com --limit-rate:

curl --limit-rate 2M -O https://example.com/bigfile.zip

2M significa 2 megabytes por segundo. Você também pode usar K para kilobytes ou G para gigabytes.

Tempo limite

Se um servidor estiver muito lento, você pode configurar o cURL para parar após um determinado tempo. A opção --max-time faz exatamente isso:

curl --max-time 60 -O https://example.com/file.iso

Aqui, o cURL interrompe a operação após 60 segundos, o que é útil em scripts que precisam falhar rapidamente.

Modo silencioso e detalhado

O cURL pode ajustar sua saída para mostrar o mínimo de informações ou detalhes completos.

Downloads silenciosos

Para tarefas automatizadas ou cron jobs em que não há necessidade de barras de progresso, inclua -s (ou --silent):

curl -s -O https://example.com/file.jpg

Isso oculta o progresso e os erros, tornando os logs mais limpos. No entanto, a depuração se torna mais difícil se ocorrer um erro silencioso.

Modo detalhado

Por outro lado, -v (ou --verbose) exibe informações detalhadas sobre solicitações e respostas:

curl -v https://example.com

A saída detalhada é valiosa para depurar problemas como certificados SSL inválidos ou redirecionamentos incorretos.

Autenticação e segurança

Alguns downloads exigem credenciais ou uma conexão segura.

Autenticação HTTP/FTP

Quando um servidor requer nome de usuário e senha, use -u:

curl -u username:password -O https://example.com/protected/file.jpg

Incluir credenciais diretamente pode ser arriscado, pois elas podem aparecer em logs ou listas de processos. Considere usar variáveis de ambiente ou arquivos .netrc para um gerenciamento mais seguro.

HTTPS e certificados

Por padrão, o cURL verifica certificados SSL. Se o certificado for inválido, o cURL bloqueia a transferência. Você pode ignorar essa verificação com -k ou --insecure, mas isso traz riscos de segurança. Sempre que possível, use uma autoridade certificadora confiável para garantir conexões autenticadas.

Usar um proxy

Em alguns ambientes, o tráfego deve passar por um servidor proxy antes de chegar ao destino.

Baixar através de um proxy

Use a opção -x ou --proxy para especificar o proxy:

curl -x http://proxy_host:proxy_port -O https://example.com/file.jpg

Substitua proxy_host e proxy_port pelos valores correspondentes. O cURL encaminha a solicitação ao proxy, que então recupera o arquivo para você.

Autenticação de proxy

Se o seu proxy exigir credenciais, inclua-as na URL:

curl -x https://proxy.example.com:8080 -U myuser:mypassword -O https://example.com/file.jpg

Mais uma vez, armazenar dados sensíveis em texto simples é perigoso. Prefira usar variáveis de ambiente ou arquivos de configuração.

Monitorar o progresso do download

Acompanhar o progresso do download é essencial para arquivos grandes ou conexões lentas.

Medidor de progresso padrão

Por padrão, o cURL exibe um medidor de progresso com tamanho total, velocidade de transferência e tempo estimado para conclusão. Por exemplo:

 % Total    % Received % Xferd  Average Speed   Time    Time     Time  Current
                                Dload  Upload   Total   Spent    Left  Speed
100  1256  100  1256    0     0   2243      0 --:--:-- --:--:-- --:--:--  2246

Essa saída ajuda a avaliar quanto falta e se a velocidade de transferência está adequada.

Barra de progresso compacta

Se preferir menos detalhes, adicione -#:

curl -# -O https://example.com/largefile.iso

Uma barra mais simples mostra o progresso geral em porcentagem. É mais agradável visualmente, mas não exibe estatísticas detalhadas como a velocidade atual.

Registrar progresso em scripts

Ao usar o cURL em scripts, você pode querer registrar as informações de progresso. Normalmente, o cURL envia esses dados para stderr, então você pode redirecioná-los:

curl -# -O https://example.com/largefile.iso 2>progress.log

Aqui, progress.log contém as atualizações de status, que podem ser analisadas ou armazenadas para revisão posterior.

Conclusão

O cURL se destaca como uma ferramenta de linha de comando flexível para baixar arquivos em vários protocolos e ambientes. Seja para lidar com redirecionamentos complexos, renomear arquivos dinamicamente ou limitar a largura de banda, o cURL tem tudo o que você precisa. Ao dominar suas principais opções e modos, você poderá integrá-lo perfeitamente ao seu fluxo de trabalho diário para scripting, automação e transferências de arquivos mais eficientes.

O sistema Linux
20.10.2025
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28 November 2025 · 10 min to read
O sistema Linux

Como enviar e-mails no Linux pela linha de comando com Sendmail e Mailx

Para quem gerencia servidores ou trabalha com automação, saber enviar e-mails diretamente pelo terminal Linux é essencial. Isso oferece controle total sobre as funções de e-mail e elimina a necessidade de programas complexos. É especialmente útil em cenários onde velocidade e simplicidade são prioridades. Ferramentas comuns como sendmail e mailx são amplamente usadas para enviar mensagens, verificar configurações SMTP, automatizar alertas e integrar com scripts. Elas são simples, porém eficazes — perfeitas para informar equipes sobre atualizações do servidor, gerar relatórios automáticos ou testar configurações de e-mail. Este guia foi criado para usuários que desejam gerenciar e-mails diretamente via terminal. Ele aborda a instalação das ferramentas essenciais e também tarefas mais avançadas, como enviar anexos e configurar os utilitários de e-mail. Por que usar ferramentas de e-mail pela linha de comando? As duas ferramentas mais comuns — sendmail e mailx — são opções confiáveis para envio de e-mails no Linux e oferecem diversas vantagens: Eficiência Clientes de e-mail tradicionais podem ser lentos e consumir muitos recursos. Já essas ferramentas enviam e-mails de forma rápida e leve diretamente pela linha de comando. Automação Integrando-se facilmente com scripts shell, processos cron e ferramentas de monitoramento, elas permitem automatizar notificações e alertas recorrentes. Depuração de problemas SMTP A depuração de configurações SMTP se torna mais simples. Esses comandos oferecem visibilidade sobre o processo de entrega, facilitando a análise de logs e erros. Flexibilidade Seja para enviar alertas ou gerar relatórios automáticos, sendmail e mailx oferecem versatilidade para diversas tarefas. Pré-requisitos Antes de usar esses utilitários de e-mail no Linux, certifique-se de ter: Acesso ao terminal: Em alguns casos, permissões de root podem ser necessárias. Um servidor SMTP: Necessário para testar o envio de e-mails. Utilitários instalados: Verifique se sendmail e mailx estão instalados e funcionam corretamente. Configurando um servidor SMTP Os servidores SMTP são essenciais para o envio de e-mails. Eles se dividem em duas categorias: Servidores SMTP externos Servidores SMTP locais Servidores SMTP externos São servidores de e-mail hospedados por terceiros. Enviam mensagens para destinatários fora da sua rede local e garantem: Entrega global Autenticação Criptografia Prevenção de spam Exemplos Gmail Endereço: smtp.gmail.com Porta: 587 (TLS) ou 465 (SSL) Outlook Endereço: smtp.office365.com Porta: 587 Esses servidores exigem métodos de autenticação (usuário, senha ou senhas de app) e criptografia TLS/SSL. Nota: Já fornecemos um guia para configurar SMTP externo. O comando para envio via Postfix é o mesmo — basta ajustar as credenciais e substituir o endereço de e-mail pelo do Gmail ou outro provedor desejado. Servidores SMTP locais Operam exclusivamente dentro de uma rede interna. São ideais para: Enviar e-mails entre usuários internos (ex.: tom@office.local → jerry@office.local) Testes e desenvolvimento locais Comunicação interna Funcionam sem acesso à internet Configurando um servidor SMTP local 1. Instale o Postfix sudo apt install postfix 2. Edite a configuração do Postfix sudo nano /etc/postfix/main.cf Ajuste ou confirme: myhostname = mail.office.local mydomain = office.local myorigin = $mydomain inet_interfaces = loopback-only local_recipient_maps = proxy:unix:passwd.byname mydestination = $myhostname, localhost.$mydomain, localhost, $mydomain Salve e reinicie: sudo systemctl restart postfix 3. Crie usuários de e-mail sudo adduser linux sudo adduser hostman Isso cria endereços como linux@office.local. Visão geral do sendmail sendmail é um famoso agente de transferência de e-mail (MTA) no Linux. Ele funciona perfeitamente com servidores SMTP e permite enviar mensagens a partir do sistema local ou scripts. Instalando o sendmail Debian/Ubuntu sudo apt install sendmail CentOS/Red Hat sudo yum install sendmail Iniciar e habilitar o serviço sudo systemctl start sendmail sudo systemctl enable sendmail Testar a configuração echo "Testing sendmail setup" | sendmail -v your-email@example.com Verifique as mensagens recebidas: mail Se não funcionar, instale mailutils: sudo apt install mailutils Ou visualize diretamente: cat /var/mail/user Configurar o sendmail sudo nano /etc/mail/sendmail.mc Exemplo: definir o domínio: define(`confDOMAIN_NAME', `your_domain.com')dnl Gerar novo arquivo de configuração: sudo m4 /etc/mail/sendmail.mc > /etc/mail/sendmail.cf Se ocorrer erro de permissão: sudo sh -c "m4 /etc/mail/sendmail.mc > /etc/mail/sendmail.cf" Reinicie o serviço: sudo systemctl restart sendmail Enviar e-mail com sendmail 1. Crie um arquivo nano email.txt Conteúdo: Subject: Test Email from Hostman This is a test email sent using sendmail on Linux. 2. Enviar sendmail recipient@example.com < email.txt 3. Verificar mail Enviar anexos com sendmail sendmail não suporta anexos nativamente, mas é possível usar uuencode: sudo apt install sharutils Exemplo: ( echo "Subject: Email with attachment"; uuencode file.txt file.txt ) | sendmail recipient@example.com Verificar: mail Visão geral do mailx mailx é uma ferramenta simples e eficiente para gerenciar e-mails via terminal. Ela faz parte do pacote mailutils na maioria das distribuições. Instalar o mailx Debian/Ubuntu sudo apt install mailutils Red Hat sudo yum install mailx Enviar e-mail com mailx echo "This is the body of the email" | mailx -s "Test Email from Mailx" recipient@example.com Enviar anexo com mailx echo "Please find the attached document" | mailx -s "Email with Attachment" -A email.txt recipient@example.com Conclusão Enviar e-mails pela linha de comando no Linux é uma maneira poderosa de automatizar comunicações, depurar servidores ou testar configurações. Com sendmail e mailx, você pode lidar tanto com mensagens simples quanto com setups avançados com anexos. Este guia fornece instruções detalhadas para você começar facilmente e otimizar seu fluxo de trabalho.
26 November 2025 · 6 min to read
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Como abrir uma porta no Linux

Abrir portas no Linux é uma tarefa essencial que permite que certos serviços ou aplicativos troquem dados pela rede. As portas funcionam como canais de comunicação, permitindo o acesso a serviços autorizados e bloqueando conexões não autorizadas. O gerenciamento correto de portas é fundamental para garantir segurança, estabilidade e bom desempenho do sistema. Entendendo as portas e sua função As portas são pontos lógicos de comunicação de rede, por onde os dispositivos enviam e recebem informações.Exemplos comuns: HTTP usa a porta 80 HTTPS usa a porta 443 SSH usa a porta 22 Uma porta aberta indica que há um serviço escutando e aceitando conexões por aquele canal. Uma porta fechada bloqueia o tráfego. Gerenciar corretamente as portas abertas no Linux é essencial para manter disponibilidade e segurança. Como verificar as portas abertas no Linux Antes de abrir uma nova porta, é importante verificar quais portas já estão ativas. Você pode fazer isso com alguns comandos básicos do Linux. Com netstat Para listar as portas abertas: netstat -tuln A opção -tuln mostra apenas as portas TCP e UDP, sem resolver nomes de host. O netstat oferece uma visão em tempo real das conexões de rede ativas. Observação: se o netstat não estiver instalado: sudo apt install net-tools Com ss O comando ss é mais moderno e rápido que o netstat. Execute: ss -tuln Ele mostra as portas em uso e informações sobre os sockets. Com nmapPara uma análise mais detalhada das portas abertas: nmap localhost O nmap faz uma varredura no host especificado (aqui, o localhost) e exibe as portas abertas — útil para identificar quais serviços estão expostos à rede. Observação: instale o nmap com: sudo apt install nmap Como abrir portas no Linux Para permitir acesso por uma porta específica, é necessário ajustar as regras do firewall. O Linux oferece várias ferramentas para isso: iptables, ufw e firewalld. A seguir, veja como usá-las. Método 1: usando iptables O iptables é uma ferramenta poderosa e de baixo nível que permite controle detalhado do tráfego de rede. Adicionar uma regra para liberar uma porta específica Exemplo: liberar a porta 8080 (HTTP): sudo iptables -A INPUT -p tcp --dport 8080 -j ACCEPT Explicação: sudo: executa o comando com privilégios administrativos -A INPUT: adiciona a regra à cadeia de entrada (tráfego de entrada) -p tcp: aplica a regra ao protocolo TCP --dport 8080: define a porta 8080 -j ACCEPT: permite o tráfego que corresponder à regra Essas alterações não são permanentes — elas desaparecem após reiniciar o sistema. Tornar a regra permanente sudo apt install iptables iptables-persistent sudo netfilter-persistent save Esses comandos salvam as regras atuais e garantem que sejam aplicadas novamente ao reiniciar o servidor. Recarregar as alterações sudo netfilter-persistent reload Método 2: usando ufw (Uncomplicated Firewall) O ufw é uma interface simplificada do iptables, ideal para quem quer gerenciar o firewall de forma rápida e intuitiva. Ativar o ufw sudo ufw enable Se o ufw não estiver instalado: sudo apt install ufw Permitir tráfego por uma porta específica Exemplo: abrir a porta 22 (SSH): sudo ufw allow 22/tcp sudo: Grants superuser privileges. ufw allow: Adds a rule to permit traffic. 22/tcp: Sets port 22 for communication while restricting the rule to TCP protocol. Isso permite conexões TCP pela porta 22 — geralmente usada para acesso remoto via SSH. Verificar o status do firewall sudo ufw status Exibe todas as regras ativas e as portas abertas. Método 3: usando firewalld O firewalld é um daemon de firewall dinâmico, mais fácil de configurar que o iptables. Adicionar uma regra permanente Exemplo: liberar a porta 443 (HTTPS): sudo firewall-cmd --permanent --add-port=443/tcp Para instalar e ativar o firewalld: sudo apt install firewalld sudo systemctl enable firewalld sudo systemctl start firewalld Recarregar as regras sudo firewall-cmd --reload Verificar se a porta foi aberta sudo firewall-cmd --list-all Mostra todas as zonas e regras ativas, incluindo as portas abertas. Testar a porta aberta Após abrir uma porta, é importante confirmar se ela realmente está acessível. Com telnet telnet localhost port_number Se a conexão for estabelecida, a porta está aberta e funcionando. Com nmap nmap -p port_number localhost Verifica se a porta está acessível no host local. Com curl curl localhost:port_number Se o serviço estiver em execução, o comando retornará uma resposta bem-sucedida. Solução de problemas comuns Se a porta não abrir corretamente: Verifique as regras do firewall: iptables -L ufw status Verifique o status do serviço: systemctl status <nome_do_serviço> Abrir portas com base no protocolo Dependendo do serviço, pode ser necessário usar TCP ou UDP. Abrir uma porta TCP Exemplo: liberar a porta 3306 (MySQL): sudo ufw allow 3306/tcp Garante comunicação estável para consultas de banco de dados. Abrir uma porta UDP Exemplo: liberar a porta 161 (SNMP): sudo ufw allow 161/udp O UDP oferece comunicação mais rápida e sem conexão — ideal para ferramentas de monitoramento. Gerenciar o acesso às portas Restringir acesso a um IP específico sudo ufw allow from 192.168.1.100 to any port 22 Permite o acesso SSH pela porta 22 apenas a partir do IP especificado, aumentando a segurança. Fechar uma porta sudo ufw deny 80/tcp Bloqueia o tráfego de entrada na porta 80 (HTTP). Conclusão Verificar e abrir portas no Linux é um passo essencial para otimizar a conectividade de rede e garantir funcionamento seguro dos serviços. Com ferramentas como iptables, ufw e firewalld, é possível controlar o tráfego de forma segura e eficiente. Teste sempre suas configurações com nmap, curl ou telnet para confirmar que tudo está funcionando corretamente. Um bom gerenciamento de portas é a base para servidores estáveis, conexões seguras e alta performance.
29 October 2025 · 6 min to read

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